Testemunhas ouvidas pelo órgão afirmam que, no momento do acidente, Eraldo estava usando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Ainda assim, supostamente, confiando na própria habilidade, ele decidiu saltar entre as plataformas, resultando em sua queda na lagoa. O DER enfatizou que a obra é rigorosamente fiscalizada e que todas as normas de segurança são seguidas pela construtora responsável.
Apesar dessa versão oficial, a família de Eraldo refuta as alegações. Aurilene Duarte Lopes, irmã do trabalhador, declarou que a estrutura fornecida aos funcionários era, na verdade, precária. Aurilene relatou que Eraldo não pulou entre as plataformas, mas sim, que o tablado de sustentação cedeu sob ele. “Meu irmão saiu de casa para trabalhar, como de costume. A informação que eu tenho de quem estava ao lado dele é que ele não pulou. O tablado de sustentação não aguentou e meu irmão caiu”, disse Aurilene.
Ela também mencionou que incidentes semelhantes já ocorreram anteriormente, mas que, em outras situações, os trabalhadores conseguiram evitar quedas mais graves. Eraldo, que sabia nadar, pode ter sido impedido de se salvar devido ao equipamento pesado que carregava. “Ele estava com um martelete pesado. Um técnico de segurança deveria estar monitorando as condições de trabalho, mas, segundo relatos, o técnico estava em um contêiner fazendo relatórios”, contou Aurilene.
Na manhã desta quarta-feira (14), o Corpo de Bombeiros retomou as buscas por Eraldo. Devido à falta de visibilidade, as operações no dia do acidente foram interrompidas. O desaparecimento de Eraldo trouxe à tona questões sobre as condições de segurança na obra, com funcionários relatando que há três anos o tablado está em más condições. A busca pelos responsáveis e pelas reais causas deste trágico incidente continua, com a família buscando respostas e justiça para Eraldo.