Falta de investimento em clínicas de tratamento contra dependência química gera crise na Saúde e Segurança Pública em Alagoas



Durante a sessão ordinária realizada nesta terça-feira, dia 4, na Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado Cabo Bebeto (PL) fez duras críticas à Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) pelo encerramento das atividades das clínicas especializadas em tratamento involuntário contra dependência química. Segundo o parlamentar, Alagoas conta com apenas quatro clínicas deste tipo, todas já fechadas devido à falta de recursos.

O deputado informou que, entre os anos de 2014 e 2022, foram realizados cerca de 5 mil tratamentos involuntários nessas clínicas, evidenciando a importância desse serviço para a população. Contudo, com o encerramento das atividades, muitas famílias estão sem alternativas para ajudar parentes ou amigos que sofrem com a dependência química.

Cabo Bebeto ressaltou que a situação não envolve apenas questões de saúde, mas também de segurança pública. Ele citou um caso de homicídio ocorrido em uma dessas clínicas no mês de abril, que resultou no fechamento de todas as unidades pelo Estado, sem determinação judicial. O parlamentar ainda trouxe à tona o aumento de arrombamentos em Maceió, atribuídos a moradores de rua com dependência química.

Com base em sua experiência como policial militar, o deputado argumentou que, em muitos casos de dependência química grave, o tratamento involuntário é necessário para proteger tanto o usuário quanto a sociedade. Ele mencionou que a Defensoria Pública de Alagoas já solicitou que o município de Maceió e o Estado publiquem um edital para credenciamento de clínicas de internação involuntária, porém, até o momento, a medida não foi efetivada.

Por fim, Cabo Bebeto fez um apelo ao Governo do Estado e à Secretaria de Saúde, cobrando a apresentação de soluções imediatas para evitar um colapso no atendimento a dependentes químicos. A falta de acesso a tratamentos especializados pode resultar em graves consequências para a sociedade alagoana, tornando a situação ainda mais urgente.

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