FALSO CONSIGNADO – Polícia Civil Desarticula Organização que Fraudava Idosos e Planejava Homicídios em Maceió e Região

A Polícia Civil lançou uma operação audaciosa visando desmantelar uma perigosa organização criminosa que subjugava idosos através de fraudes em empréstimos consignados. A ação, denominada “Falso Consignado”, foi conduzida pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e teve como alvo um grupo especializado na falsificação de documentos. Este esquema, engenhosamente arquitetado, explorava a confiança dos mais vulneráveis, esgotando o crédito disponível das vítimas sem que estas tivessem conhecimento.

Durante a operação, foram cumpridos 15 mandados de busca domiciliar e um mandado de prisão preventiva contra o líder do grupo, que já se encontrava detido por homicídio qualificado. Sob a liderança dos delegados Jose Carlos Andre dos Santos e Maria Eduarda de Carvalho Barro, as investigações revelaram uma rede de fraude que se estendia por diversos bairros de Maceió, incluindo Cidade Universitária, Santa Lúcia, São Jorge, Jacintinho e Feitosa.

O modus operandi da organização era meticulosamente estruturado. Utilizando documentos falsificados de beneficiários do INSS, criavam contas em nome das vítimas para solicitar empréstimos vultuosos, especialmente em bancos digitais. Os valores obtidos ilegalmente eram transferidos para contas de laranjas e, posteriormente, repassados ao líder do grupo ou a seus associados de confiança. As perdas já identificadas ultrapassam um milhão de reais, mas os investigadores acreditam que o montante total seja muito maior, com movimentações estimadas em oito milhões de reais sem justificativa lícita.

O líder do grupo, um homem de 56 anos, comandava a organização com precisão. Dividido em células especializadas, o grupo possuía setores dedicados à falsificação de documentos, recrutamento de laranjas e criação de empresas fictícias. Apesar de sua fachada de construtor de imóveis, sua verdadeira atividade era enriquecer às custas de fraudes contra idosos e instituições bancárias.

Além dos crimes de estelionato qualificado, o grupo é suspeito de participar de atividades violentas, incluindo a encomenda de homicídios. Durante as investigações, surgiram evidências de crimes como o assassinato de uma laranja do grupo, e planos para executar a ex-esposa do líder. Estas informações estão sendo compartilhadas com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa para aprofundamento das investigações contra a ORCRIM violenta.

As autoridades seguem trabalhando para identificar todos os envolvidos e garantir que sejam devidamente responsabilizados por suas ações.

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