Fontes ligadas ao programa apontam que os problemas são recorrentes e incluem falhas de software e erros de comunicação entre os sistemas embarcados e o software de controle externo. Essas dificuldades são especialmente alarmantes em um momento em que os EUA buscam expandir seu uso de drones autônomos como uma estratégia para mitigar as ameaças, especialmente com a crescente assertividade militar da China no estreito de Taiwan.
Inspirados pelo uso de drones no conflito na Ucrânia, as autoridades militares americanas estão investindo massivamente em tecnologias que visam criar embarcações autônomas mais sofisticadas e operáveis em grupo, sem a necessidade de intervenção humana. No entanto, a série de falhas levanta questões sobre como as táticas militares precisarão se adaptar diante dessas limitações tecnológicas.
Internamente, o programa não é apenas desafiado por problemas técnicos. O recente afastamento do almirante Kevin Smith e as críticas internas a respeito dos altos custos e eficácia das iniciativas aumentam a pressão sobre os responsáveis pela implementação dessas novas tecnologias. Em resposta aos incidentes, a Unidade de Inovação em Defesa decidiu suspender um contrato no valor de US$ 20 milhões com a L3Harris, prestadora de software envolvida nos testes. Embora a empresa tenha reiterado a segurança de seus produtos, a incerteza sobre o futuro da iniciativa, que faz parte do ambicioso programa Replicator, persiste.
Com a crescente concorrência militar no cenário global, a Marinha dos EUA precisa urgentemente resolver essas falhas técnicas e gerenciais, não apenas para garantir a eficácia de suas operações, mas também para sustentar sua posição de liderança no desenvolvimento de tecnologia naval autônoma. O impacto desses desafios se estende muito além das águas da Califórnia, batendo à porta das principais decisões estratégicas da segurança nacional.