Diante de um grande público, o Jubileu deste ano exigiu que a cerimônia fosse realizada em uma área externa da praça, para acomodar os muitos peregrinos presentes. Durante sua fala, o papa Leão XIV abordou temas cruciais relacionados à justiça, enfatizando que ela vai além da mera aplicação da lei. Para o pontífice, a verdadeira justiça se manifesta quando se busca proporcionar a cada um o que é devido, promovendo igualdade em dignidade e oportunidades.
Além disso, Leão XIV citou Santo Agostinho ao discutir a intersecção entre Estado, justiça e fé. O papa afirmou que, sem justiça, a administração pública se torna inviável, e não pode existir direitos em um ambiente onde a justiça verdadeira não prevalece. Essas palavras ressoaram em Fachin, que, como católico, assistiu atentamente ao discurso do líder religioso.
Após a cerimônia, o ministro teve a oportunidade de cumprimentar o papa pessoalmente. Vale ressaltar que a viagem foi custeada por ele mesmo e organizada em colaboração com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A posse de Edson Fachin como presidente do STF está marcada para o dia 29 de setembro, juntamente com a de Alexandre de Moraes, que assumirá o cargo de vice-presidente. Ambos foram eleitos em agosto, através de uma votação simbólica no plenário do tribunal. A presidência do STF, por um período de dois anos que vai de 2025 a 2027, confere a Fachin a responsabilidade de organizar a pauta das sessões e presidir os trabalhos judiciais. Além de suas funções judiciárias, ele também terá a incumbência administrativa de liderar o Judiciário, incluindo a elaboração e encaminhamento do orçamento do Poder. Com esses desafios pela frente, Fachin se prepara para uma gestão que promete ser marcada pela busca de uma justiça mais plena e efetiva.