Em São Paulo, a facção criminosa se tornou um tema recorrente nas propagandas eleitorais, redes sociais e debates televisivos. Os candidatos Ricardo Nunes, do MDB, e Pablo Marçal, do PRTB, chegaram a se enfrentar utilizando o apelido “Tchutchuca do PCC” como forma de ataque mútuo.
Marçal, por sua vez, enfrenta acusações que atingem a cúpula de seu partido, com suspeitas de ligação com a facção. O presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, e o ex-presidente estadual da sigla, Tarcísio Escobar de Almeida, estão envolvidos em investigações que incluem a liberação de um líder do PCC foragido.
Já o prefeito Ricardo Nunes teve que se afastar de acusações envolvendo empresas de ônibus da cidade que estariam envolvidas em lavagem de dinheiro para o PCC. O presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, principal aliado do prefeito, também teve seu sigilo bancário quebrado na investigação, mas nega qualquer ligação com a facção.
Além disso, em cidades do interior como São José do Rio Preto e Sorocaba, a presença do PCC nas eleições tem sido um tema de destaque. Candidatos locais foram confrontados por supostas relações com líderes da facção, gerando controvérsias e exploração política por parte dos adversários.
Operações recentes do Ministério Público e da Polícia Federal contra fraudes em licitações e desvios na saúde, envolvendo potencial ligação com o PCC, também têm impactado o cenário político nas eleições municipais em São Paulo e em outras cidades do estado.
Diante dessas revelações e investigações, o cenário eleitoral em São Paulo e no interior do estado tem sido marcado por polêmicas, acusações e confrontos, evidenciando a presença do PCC como um elemento perturbador e influenciador nas campanhas e nas administrações públicas. Os desdobramentos dessas questões serão fundamentais para a definição do quadro político nas próximas eleições e para a transparência e segurança do processo democrático em São Paulo.
