A prisão ocorreu em uma operação conjunta das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs) de Bahia e São Paulo, com a colaboração das polícias Civil e Militar do estado paulista. O detido, cuja identidade não foi revelada, era responsável pelo envio de entorpecentes e armamentos para várias localidades do sudoeste baiano, além de ter sua participação na realização de homicídios, roubos e na lavagem de dinheiro.
“Dona Maria”, por sua vez, é identificada como a figura central da facção criminosa Bonde do Neguinho (BDN) em seu estado natal e uma aliada do Primeiro Comando da Capital (PCC). Sua prisão em janeiro deste ano em São Paulo, mais precisamente no bairro Jardim Nossa Senhora do Carmo, também se deu em meio a diversas investigações acerca de suas atividades, incluindo um processo aberto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público da Bahia. Ela é acusada de lavagem de dinheiro ligada ao tráfico, utilizando até mesmo a conta de sua filha menor para realizar tais transações.
Além disso, “Dona Maria” foi condenada a 14 anos de reclusão por sua participação no assassinato do agente penitenciário Luciano Caribé Cerqueira, que foi cruelmente executado em 2010. Na ocasião de sua prisão, foram encontrados R$ 66 mil em dinheiro, dez celulares e documentos que evidenciam suas conexões com o narcotráfico. Luciano Caribé era conhecido por seu empenho no combate ao crime na penitenciária de Jequié, na Bahia, onde o ex-marido de Dona Maria, “Pezão”, chefe do tráfico na área, estava encarcerado. A relevância desses acontecimentos destaca o contínuo combate às organizações criminosas que operam nas diversas regiões do país.
