Faca é identificada como arma do crime em homicídio de morador de rua na Praça do Centenário, diz laudo da Polícia Civil de Alagoas.



Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil de Alagoas trouxe novas informações sobre o homicídio ocorrido na Praça do Centenário, no bairro do Farol, que resultou na morte de um morador de rua na noite anterior. Ao contrário do que foi inicialmente especulado, o laudo pericial confirmou que a causa da morte foi um golpe de faca e não um disparo de arma de fogo pela Guarda Municipal, como se acreditava anteriormente.

De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime teve seu desencadeamento em uma desavença financeira entre a vítima e o autor, ambos conhecidos por trabalharem na localidade como guardadores de veículos. Informações reveladas pela delegada Tacyane Ribeiro, coordenadora da DHPP, indicam que ambos eram usuários de substâncias ilícitas e possuíam antecedentes criminais, sendo a vítima envolvida em furtos e roubos, enquanto o autor havia sido preso por estupro e desobediência.

Na confusão que precedeu o crime, o autor, que foi preso em flagrante e confessou sua participação, alegou que agiu em resposta a uma discussão. Ele também estava sob efeito de drogas no momento do incidente. A ocorrência mobilizou a Guarda Municipal, que inicialmente tentou controlar a situação utilizando uma arma elétrica, mas sem sucesso. Contrariando informações iniciais, um disparo foi efetuado como alerta, mas não causou ferimentos a ninguém.

O inquérito policial, coordenado pelo delegado Daniel Lopes, está em andamento e prevê a coleta de mais depoimentos de testemunhas e a juntada dos laudos periciais. A conclusão do inquérito está prevista para os próximos dez dias, após os quais o caso será encaminhado à Justiça.

O trágico evento destaca não apenas a vulnerabilidade enfrentada por aqueles que vivem nas ruas, mas também as complexas dinâmicas sociais que podem levar a situações de violência extrema. A violência relacionada ao uso de drogas e a falta de recursos são questões que emergem com força nesse contexto, chamando a atenção para a necessidade de intervenções que visem a proteção e a reintegração de indivíduos em situação de rua.

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