Recentemente, um episódio chocante chamou a atenção do país: o ataque a bomba ao prédio do Supremo Tribunal Federal, realizado por um bolsonarista inconformado com a vitória da democracia. O presidente Jair Bolsonaro condenou o ataque e atribuiu a ação a um “lobo solitário”, mas como observado pelo professor Chico Alencar, os lobos solitários não surgem do nada, eles são influenciados por ideologias e discursos polarizadores.
O caso de Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo ataque, é um exemplo claro dessa influência. Inicialmente distante da política, Francisco passou a mudar sua postura após a derrota de Bolsonaro nas eleições. Sua ex-mulher relatou que ele “enlouqueceu” com o resultado das urnas. Esse comportamento extremo culminou no ataque ao STF e em uma tragédia pessoal, com Daiane Dias, companheira de Francisco, hospitalizada em estado grave após atear fogo na casa em que viviam.
As repercussões desse episódio ultrapassam os limites políticos e alcançam a esfera familiar, com a mãe de Francisco também sendo afetada pela tragédia. O caso serve como um alerta sobre os perigos da polarização e a influência de discursos extremistas na sociedade.
Em um cenário político cada vez mais polarizado, é fundamental que haja um esforço conjunto para combater discursos de ódio e extremismos, visando preservar a democracia e a convivência pacífica entre diferentes visões políticas. A tragédia envolvendo Francisco Wanderley Luiz e Daiane Dias é um exemplo trágico das consequências da polarização descontrolada.