Por meio de pinturas, esculturas, fotografias, vídeos e instalações, os artistas convidam o público a desvendar os fios invisíveis por trás de cada obra. Adrianna EU, por exemplo, presta uma homenagem à sua avó na instalação “A costura do erro”, onde exibe uma máquina de costura cercada por embolados de linha descartados, representando uma coleção de erros que despertou seu interesse pela arte.
Já Monique Ribeiro, inspirada pelas memórias de sua infância ligadas à sua mãe costureira, utiliza retalhos de tecido em suas pinturas para dar voz a essas lembranças adormecidas. Mary Dutra, na instalação “Passou o tempo”, explora questões de memória, tempo e histórias por meio de painéis suspensos que refletem a confusão mental vivida durante a pandemia.
Carolina Kasting, com a série “Árvores, heroínas brasileiras”, busca resgatar a história de mulheres apagadas pela sociedade, representando-as em fotocópias de seu próprio corpo bordadas com lã vermelha. Rafael Prado, por sua vez, mergulha nas raízes culturais do Norte do Brasil, resgatando lendas e mitos amazônicos em suas obras antropomórficas.
Thiago Modesto e Rodrigo Westin também trazem suas visões únicas e poéticas para a exposição, explorando temas de ancestralidade e realidade urbana, respectivamente. A exposição estará em cartaz no Espaço Cultural Humberto Braga, no Centro do Rio, de 9 de maio a 30 de setembro, com entrada gratuita e aberta ao público. Uma oportunidade imperdível para se emocionar e refletir sobre as memórias e o cotidiano através da arte contemporânea.