Exportações do Reino Unido para os EUA caem 13,5% e atingem menor nível em três anos devido a tarifas comerciais. Consequências para a economia são preocupantes.

No segundo trimestre de 2025, as exportações britânicas para os Estados Unidos registraram uma queda significativa de mais de 13% em comparação com o ano anterior. Essa diminuição marca o ponto mais baixo em três anos e reflete claramente os impactos das tarifas comerciais impostas pelas autoridades norte-americanas. De acordo com um estudo recente da Câmara de Comércio Britânica (BCC), os dados indicam um recuo de 13,5% nas exportações de mercadorias entre as duas nações.

O novo cenário comercial foi caracterizado pelo efeito das tarifas “recíprocas” dos EUA, que impõem um adicional de 10% sobre a maioria dos produtos britânicos, variando de alimentos e bebidas a produtos químicos. Essas tarifas, combinadas com outras restrições comerciais, têm gerado uma pressão crescente sobre as empresas exportadoras do Reino Unido, tornando as operações mais onerosas e menos competitivas.

O total das exportações britânicas para o mercado americano caiu em termos absolutos, com a estimativa de perda atingindo cerca de 2 bilhões de libras, equivalente a aproximadamente 2,7 bilhões de dólares. Esse cenário desafiador vem se manifestando desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um acordo comercial com o Reino Unido em junho de 2025, que foi o primeiro firmado após a implementação das tarifas elevadas.

Esse acordo proporcionou uma leve flexibilização para algumas mercadorias, reduzindo as tarifas para 10% em determinados produtos britânicos e eliminando-as completamente para outros. Porém, a questão das exportações de aço e alumínio permanece em aberto, visto que essas categorias ainda enfrentam tarifas de 25%, deixando as empresas em uma posição complicada quanto à sua viabilidade econômica.

Os especialistas destacam que os efeitos das tarifas e as políticas comerciais atuais podem continuar a influenciar as relações econômicas entre o Reino Unido e os EUA, revelando a necessidade de um equilíbrio maior nos acordos comerciais para fomentar um ambiente de negócios mais saudável e dinâmico. A persistência desse cenário implica desafios significativos para as empresas britânicas, que buscam novas estratégias para se adaptarem a essas condições adversas e minimizarem a perda de participação no mercado americano.

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