Apesar do passar das décadas, o apelo fatídico das montanhas dos Andes permanece vivo, atraindo visitantes em busca de desafios e da oportunidade de explorar a história da tragédia que marcou a sobrevivência humana. As histórias de luta, coragem e superação dos passageiros e suas famílias também foram recontadas em filmes e documentários, mantendo viva a memória do terrível acidente.
Aqueles que se aventuraram a percorrer os mesmos 38 quilômetros enfrentados pelos sobreviventes concordam que a sobrevivência exigiu um esforço sobre-humano, envolvendo a luta contra o frio, a fome e, em um ato extremo, a decisão de recorrer à carne dos mortos para evitar a inanição.
O Vale das Lágrimas permanece como um santuário das vítimas, onde objetos pessoais dos passageiros e partes da aeronave continuam enterrados na neve, testemunhando a tragédia que ali ocorreu. Mesmo após décadas do acidente, os resquícios da tragédia ainda são encontrados, como a descoberta de uma câmera perdida após 50 anos, revivendo o mistério das mortes na montanha.
Muitos itens recolhidos foram destinados ao Museu dos Andes, no Uruguai, mas uma parte significativa da fuselagem da aeronave permanece enterrada no gelo, assim como diversos objetos e partes da aeronave que serviram de abrigo aos sobreviventes por 72 dias. A antena que captava sinais de rádio chilenos e outros pedaços da aeronave também permanecem intactos, preservando a memória da tragédia.
Apesar de seu apelo turístico e histórico, o Vale das Lágrimas é uma lembrança constante das vidas perdidas e do sofrimento enfrentado pelos sobreviventes. Cada objeto e fragmento de avião encontrados são um lembrete sombrio da tragédia que ocorreu nas imponentes montanhas dos Andes.