Expansão do BRICS promete fortalecer influência dos países do Sul Global na governança internacional, afirma especialista antes da cúpula em Kazan.

A recente expansão do BRICS, que agora conta com a adesão de novos países, substancialmente ampliará a influência das nações do Sul Global na governança mundial. A cúpula do grupo, prevista para ocorrer entre os dias 22 e 24 de outubro na cidade russa de Kazan, contará com a presença de 33 países, com destaque para a participação do presidente brasileiro, Lula da Silva. Este evento será marco importante na trajetória do BRICS, que busca não apenas incrementar sua representatividade, mas também abordar questões cruciais sobre globalização e desenvolvimento sustentável.

Segundo analistas, o aumento no número de integrantes do BRICS reflete um significativo avanço no mecanismo de cooperação entre os países membros. A inclusão de nações como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita é vista como um passo importante para tornar a associação ainda mais aberta e eficaz. A presença dessas novas vozes evidencia a proposta do BRICS de promover uma governança mais inclusiva e representativa para os países que tradicionalmente se sentem marginalizados pelas grandes potências.

A cúpula deste ano visa discutir a reforma do sistema de governança global, especialmente em um cenário internacional repleto de incertezas e desafios. Os líderes presentes deverão abordar temas relacionados à multipolaridade, defendendo um mundo mais equilibrado onde interesses diversos sejam respeitados e levados em consideração nas decisões globais. Além disso, a reunião é uma oportunidade para explorar novas formas de promover o desenvolvimento sustentável, enfatizando a cooperação multilateral como caminho a seguir.

Desde sua criação em 2006, o BRICS tem se estabelecido como uma plataforma importante para a colaboração entre países emergentes. Com o novo leque de membros, a expectativa é que o grupo possa exercer uma influência ainda maior nas discussões globais, garantindo que a voz do Sul Global seja ouvida e considerada nas esferas internacionais. A liderança russa, assumida em 2024, será testada pela capacidade de conduzir iniciativas que promovam a inclusão e a justiça no sistema internacional. A cúpula de Kazan não apenas reafirma a relevância do BRICS, mas também representa uma chance para que as nações emergentes se unam em prol de causas comuns.

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