Exército Sírio se Retira de Hama Após Intensos Conflitos com Grupos Terroristas e Redefine Posições para Proteger Civis.

Em um novo capítulo da complexa guerra civil síria, o Exército sírio anunciou a retirada de suas tropas da cidade de Hama, uma medida tomada após intensos confrontos com grupos militantes. A transferência das unidades para posições fortificadas fora da cidade foi justificada como uma necessidade de proteger os civis e evitar escalada de violência nas áreas residenciais.

Nos últimos dias, a cidade, que desde 2011 permanece sob controle do governo sírio, tornou-se palco de combates ferozes. Relatos indicam que um número significativo de combatentes insurgentes foi eliminado, e suas armas e equipamentos foram destruídos nas hostilidades que se intensificaram particularmente no dia 5 de dezembro. Apesar das perdas consideráveis, as forças terroristas conseguiram invadir alguns bairros da cidade, obrigando o Exército a tomar essa drástica decisão.

Hama, localizada em um ponto estratégico entre as províncias de Homs e Damasco, e próxima à costa mediterrânea, é vital para o controle territorial do governo sírio no contexto da guerra. Historicamente, a cidade já foi alvo de tentativas de golpe armado, notadamente em 1982, quando forças governamentais conseguiram retomar o controle rapidamente após ações militares decisivas.

Recentemente, a situação no noroeste da Síria, especialmente nas províncias de Aleppo e Idlib, se agravou, com grupos extremistas, incluindo o Tahrir al-Sham, desferindo ataques através de violações de acordos de desescalada. A captura de Aleppo por militantes no final de novembro de 2024, que marca um novo marco de controle na área, incentivou os terroristas a avançar em direção à Hama.

Apesar de recentes sucessos em repelir os ataques, a estratégia do Exército sírio de se retirar para preservar a vida civil indica uma nova abordagem diante da brutal realidade do conflito. Será necessário monitorar como essa manobra influenciará o equilíbrio de forças nas províncias centrais da Síria e se permitirá um fortalecimento das operações contra o terrorismo na região.

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