Exército Brasileiro Realiza Lançamento Histórico de Míssil Nacional em Operação na Amazônia com Mais de 9.500 Militares Mobilizados.

O Exército Brasileiro fez história ao realizar, pela primeira vez, o lançamento do míssil nacional de longo alcance do sistema Astros na região amazônica. Esse evento ocorreu durante a Operação Atlas, que mobilizou milhares de militares das três Forças Armadas e teve lugar na Serra do Tucano, em Bonfim, município situado na fronteira com a Guiana, na última quinta-feira (9).

O sistema Astros é reconhecido como uma das plataformas de artilharia mais sofisticadas da América Latina, capaz de atingir alvos a longas distâncias, chegando a até 300 quilômetros, com uma precisão notável e capacidade de operar em diferentes tipos de terreno. Esse lançamento é um marco significativo em termos de capacidade militar brasileira.

O treinamento, supervisionado pelo Ministério da Defesa e pelo Comando Militar da Amazônia, simulou um cenário de combate real. Essa simulação envolveu apoio aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB), além da interação com tanques, veículos blindados e sistemas de artilharia pesada. O objetivo era testar a interoperabilidade das forças armadas em ações de defesa da fronteira e proteção da Amazônia, em um contexto que exige máxima eficiência e coordenação.

De acordo com informações divulgadas pelo Exército, o exercício teve como foco avaliar a integração entre as unidades terrestres e aéreas, além de verificar a eficiência do míssil brasileiro em condições desafiadoras, típicas do ambiente de floresta tropical. Durante toda a operação, as etapas foram transmitidas por satélite para o Centro de Operações Conjuntas em Brasília, garantindo um acompanhamento em tempo real.

A operação começou com uma cobertura aérea fornecida por uma aeronave A-29 Super Tucano, que auxiliou as tropas em solo. A seguir, viaturas blindadas do 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado, equipadas com modelos Guarani, Guaicurus e Cascavel, realizaram disparos com metralhadoras de diversos calibres e canhão de 90 mm, neutralizando alvos em um ambiente adverso.

Com a participação de mais de 9.500 militares na Operação Atlas, sendo cerca de 6 mil apenas em Roraima, o evento reflete um esforço estratégico contínuo. O Ministério da Defesa esclareceu que o exercício faz parte do planejamento nacional regular e não está relacionado a tensões internacionais recentes, como os incidentes envolvendo embarcações venezuelanas no Caribe. O foco declarado é aprimorar a capacidade de resposta das forças brasileiras e reforçar a soberania sobre o território amazônico, um dos pilares da integridade nacional.

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