A empresa comunicou que Maria Isabel Antonini, sócia e atual diretora financeira da companhia, assumirá o cargo de CEO. A G4 reiterou seu compromisso com a liderança feminina, destacando que Antonini possui mais de 20 anos de experiência na gestão de negócios e foi ex-CEO da Singu, empresa também fundada por Gomes.
Tallis Gomes publicou a renúncia em sua conta no Instagram, reconhecendo as críticas recebidas e afirmando que a empresa continuará em sua missão de contribuir para a geração de empregos no Brasil por meio do empreendedorismo. Ele pediu desculpas pela forma inaceitável como se referiu às mulheres e reconheceu que suas palavras foram injustificáveis.
Além disso, a marca de moda feminina Hope decidiu expulsar Gomes do conselho consultivo da empresa devido à polêmica. A sócia-diretora da companhia, Sandra Chayo, que anteriormente havia defendido o empresário, mudou de posicionamento e ressaltou a importância das lideranças femininas na sociedade.
As críticas a Gomes foram feitas por diversas personalidades do meio empresarial, incluindo Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza, e Gabriela Onofre, presidente do Publicis Groupe no Brasil. Nas redes sociais, mulheres executivas manifestaram repúdio às declarações machistas do empresário e reforçaram o papel das mulheres nas lideranças empresariais.
Tallis Gomes, conhecido por ter criado a Easy Taxi em 2011 e a plataforma Singu em 2016, se autointitula um “especialista em gestão” e fundou o G4 em 2019, uma escola de negócios voltada para empreendedores. Suas declarações controversas, como a de não contratar “esquerdistas” e exigir que seus funcionários trabalhem “80 horas por semana”, já geraram repercussão anteriormente.
A renúncia de Tallis Gomes da G4 Educação reflete a importância do respeito à diversidade e à igualdade de gênero no ambiente corporativo, evidenciando a necessidade de promover lideranças femininas e combater discursos discriminatórios que possam prejudicar a construção de um ambiente empresarial mais inclusivo e respeitoso.