Executiva nacional do PSDB suspende convenção em São Paulo e é acusada de truculência pelo ex-senador Aloysio Nunes Ferreira



O ex-senador da República, Aloysio Nunes Ferreira, expressou sua indignação com a decisão da executiva nacional do PSDB em suspender a convenção partidária em São Paulo, que estava marcada para o próximo dia 29. Segundo ele, essa ação é uma “manifestação de truculência a serviço da incompetência”. O presidente da sigla, Eduardo Leite, optou por não comentar as críticas feitas por Aloysio.

De acordo com um documento assinado por Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, um dos motivos que levou à suspensão da convenção foi o desempenho eleitoral insatisfatório do partido nas últimas eleições. Essa justificativa deixou Aloysio Nunes bastante irritado, comparando a situação com um assalto do Hamas ao PSDB. Ele questionou o motivo de quererem atingir a seção mais forte e melhor organizada do partido, que já governou por diversas vezes o Estado de São Paulo, além de ter sido responsável pela indicação de três candidatos à Presidência da República e um candidato à vice-presidência.

O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, também demonstrou concordância com a insatisfação do ex-senador. Ele classificou a decisão da executiva nacional como uma atitude impensada, que revela a falta de compreensão do que é a democracia tucana, tratando-a como uma afronta autoritária.

Outro motivo apresentado pelo PSDB para a suspensão da convenção foi a perda de prefeitos do interior paulista para outras legendas. Essa perda já vem ocorrendo desde a derrota de Rodrigo Garcia na eleição do ano passado, que marcou a primeira vez em que o partido foi derrotado no Estado em quase três décadas.

Os problemas enfrentados pelos tucanos em São Paulo não se limitam à esfera municipal, também afetam a esfera federal. No mês passado, a convenção do partido na capital paulista foi alvo de um processo judicial. Integrantes do PSDB da cidade tentaram derrubar a decisão do diretório estadual de suspender a convenção, que acabou ocorrendo mesmo sem a avaliação judicial. Além disso, a executiva estadual, comandada por Marco Vinholi, ex-deputado estadual, impediu a escolha do novo presidente na maior cidade do país.

É evidente que o clima dentro do PSDB está bastante conturbado, com divergências entre a executiva nacional e lideranças expressivas do partido em São Paulo. Resta esperar como essa situação se desdobrará nos próximos meses e quais serão as consequências políticas desse racha interno.

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