Ex-soldado do Bope aplica golpe milionário em colegas de farda, faturando R$ 30 milhões com promessas de investimento e deixando rastro de vítimas.

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, conhecido por sua honra, credibilidade e respeito, viu sua reputação sendo explorada de forma criminosa por um ex-soldado da corporação. Djair Oliveira de Araújo, ex-militar que se apresentava como um “gênio” do mercado financeiro, usou a imagem da unidade de elite para enganar pelo menos 20 vítimas, incluindo alguns policiais do próprio Bope.

O golpe, que prometia retornos mensais de 5% do valor investido, resultou em um montante de cerca de R$ 30 milhões captados de investidores que chegaram a vender imóveis e contrair empréstimos para participar do esquema. No entanto, as vítimas logo descobriram que se tratava de uma enorme pirâmide financeira, levando a uma série de ocorrências policiais registradas em delegacias da região do Rio de Janeiro.

Djair, que pediu baixa da PMERJ em 2021, mantinha um estilo de vida ostensivo nas redes sociais, divulgando viagens internacionais, carros luxuosos e jantares em restaurantes sofisticados. Com a promessa de altos rendimentos diários no mercado financeiro, o ex-militar conquistou a confiança de investidores que depositaram grandes quantias em sua empresa.

Profissionais liberais e policiais militares foram atraídos para o esquema, sendo convencidos pelas supostas operações lucrativas do ex-soldado. Mesmo após tentativas de reaver o dinheiro investido, as vítimas se viram bloqueadas nas redes sociais e sem retorno por parte de Djair.

O CEO da empresa Dektos, por sua vez, negou as acusações de golpe, afirmando que as operações da empresa continuam normalmente e que as acusações são infundadas. Ele alegou que os acusadores eram funcionários da empresa e receberam valores equivalentes ou superiores ao que investiram.

Diante do rastro de vítimas e prejuízos causados pelo golpe, a justiça investiga o caso e as acusações feitas contra Djair Oliveira de Araújo. A tragédia financeira vivida pelas vítimas serve como alerta para a importância de investigar com cautela antes de realizar investimentos e confiar na promessa de altos retornos financeiros.

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