Ex-sargento da PM, assessor de Bolsonaro, deixa prisão com uso de tornozeleira eletrônica, decide ministro do STF.

O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Max Guilherme Machado de Moura, que atua na assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi solto nesta quinta-feira. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o uso de tornozeleira eletrônica como condicionante. A notícia da soltura foi divulgada pelo advogado Admar Gonzaga, responsável pela defesa de Max Guilherme.

Max Guilherme, ex-membro do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, acompanha Bolsonaro desde seus tempos como deputado federal. Ele é considerado um dos assessores mais próximos e leais ao ex-presidente, tendo trabalhado como seu auxiliar e segurança durante todo o mandato. Max Guilherme continua sendo um dos oito assessores aos quais Bolsonaro tem direito a manter.

O ex-sargento estava preso preventivamente desde o dia 3 de maio, em um inquérito que investiga a suposta inserção de dados falsos na carteira de vacinação do ex-presidente e de pessoas próximas a ele. No mesmo caso, também foi detido Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que permanece preso.

Segundo as investigações da Polícia Federal, a falsificação nos certificados de vacinação tinha como objetivo facilitar a entrada nos Estados Unidos, evitando as exigências de imunização obrigatória. De acordo com a PF, o grupo envolvido no caso buscava manter sua identidade em relação a suas pautas ideológicas e alimentar o discurso contrário à vacinação contra a Covid-19. Tanto o ex-presidente quanto Max Guilherme negaram as acusações.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes de soltar Max Guilherme foi considerada razoável pelo advogado Admar Gonzaga, que afirmou não haver motivação para que seu cliente continuasse detido. Max Guilherme já passou a noite em casa, sob a vigilância da tornozeleira eletrônica.

A prisão de Max Guilherme e as investigações sobre a falsificação nos certificados de vacinação têm gerado polêmica e repercutido na mídia. O caso levantou questionamentos sobre a atuação e a conduta dos assessores do ex-presidente Bolsonaro, além de alimentar debates sobre os discursos contrários à vacinação. Ao ser solto, Max Guilherme pode retomar suas atividades na assessoria de Bolsonaro, porém, o processo judicial continua em andamento e novas informações podem surgir no decorrer da apuração dos fatos.

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