Schulte, de 33 anos, trabalhava para a unidade de elite de hacking da CIA, onde secretamente pegou as ferramentas “Vault 7” e as enviou para o Wikileaks após deixar seu emprego. Essas ferramentas consistiam em uma coleção de malware, vírus, cavalos de Troia e fragmentos maliciosos que poderiam ser utilizados por grupos de inteligência estrangeiros e hackers em todo o mundo. De acordo com os promotores, Schulte agiu por ressentimento, com o objetivo de prejudicar a agência ao vazar 8.761 documentos.
O procurador Damian Williams afirmou que Schulte estava ciente de que suas ações poderiam representar uma ameaça para a nação e que o vazamento teve um “efeito devastador” na comunidade de inteligência, fornecendo informações cruciais para aqueles que desejam prejudicar os Estados Unidos.
Inicialmente, Schulte foi suspeito quando o Wikileaks começou a divulgar os segredos, mas em 2017, ele foi acusado apenas por possuir pornografia infantil em seu computador. As acusações por roubo e transmissão de informações de segurança nacional foram adicionadas posteriormente. Em 2020, um júri o condenou apenas por acusações menores, mas em julho de 2022, um novo júri o condenou por oito acusações sob a Lei de Espionagem e uma de obstrução da Justiça.
O vazamento dos segredos da CIA, ocorrido em março de 2017, foi considerado a perda de material classificado mais prejudicial na história da agência de inteligência. A gravidade do vazamento e as ações de Schulte tiveram sérias consequências para a CIA e a comunidade de inteligência como um todo. A sentença de 40 anos de prisão reflete a seriedade dos crimes cometidos por Schulte e visa enviar uma mensagem clara de que traição e vazamento de informações sensíveis não serão tolerados.