Ex-primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan e esposa condenados a sete anos de prisão por violar lei de casamento.



O ex-primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan e sua esposa, Bushra Bibi, foram condenados a sete anos de prisão e multados no último sábado, após um tribunal decidir que o seu casamento violava a lei. Com esta nova sentença, Khan acumula um total de quatro condenações, sendo três delas proferidas apenas nesta semana, enquanto a sua esposa acumula duas condenações.

Segundo informações da Reuters, Bushra Bibi foi acusada de não cumprir o “Iddat”, que corresponde ao tempo de espera obrigatório após o divórcio, estabelecido pelo Islã, antes de poder se casar novamente. A fonte citada pela agência de notícias afirma que Khawar Farid Maneka, ex-marido de Bibi por 30 anos, teria aberto o processo contra o casal, acusando-os também de adultério.

De acordo com a decisão do tribunal, o casal foi considerado culpado por realizar uma cerimônia de casamento de forma fraudulenta, sem casamento legal, e foram multados em US$ 1,8 mil cada. A ordem foi emitida por um tribunal distrital na Cadeia de Adaiala, de segurança máxima, na cidade de Rawalpindi, onde Khan está detido desde agosto.

O casamento entre Bibi e Khan foi realizado em janeiro de 2018, em uma cerimônia secreta sete meses antes de Khan assumir o cargo de primeiro-ministro. Após negações iniciais, o Partido Tehreek-e-Insaf (PTI), de Khan, confirmou a união semanas depois. O partido rejeitou a condenação, alegando ser uma “zombaria da lei”. O assessor de imprensa do PTI afirmou ter sido testemunha no Nikkah e declarou que a acusação é “categoricamente mais um caso falso”.

Imran Khan também foi condenado na mesma semana a 14 anos de prisão por corrupção, assim como sua esposa. Anteriormente, Khan já havia sido desqualificado de participar das eleições devido a uma condenação por corrupção proferida no ano passado, desencadeando um confronto político entre ele e os militares do país, que negam as acusações de orquestrar sua remoção.

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