As aderências intestinais consistem em faixas de tecido fibroso que podem se formar entre as alças do intestino ou entre o órgão e outras estruturas abdominais, atuando como uma espécie de cola que conecta os órgãos de forma inadequada. Esse problema costuma surgir durante o período de cicatrização pós-cirúrgica, ou após infecções, ferimentos ou traumas.
O ex-presidente Bolsonaro está passando por uma laparotomia exploradora, procedimento que teve início por volta das 10h deste domingo, após um período de preparo pré-operatório. A finalidade da cirurgia é liberar as aderências presentes e reconstruir a parede abdominal do paciente.
A internação de Bolsonaro teve início na sexta-feira, 11 de junho, devido a fortes dores intestinais durante uma visita ao Nordeste. Após ser transferido do Hospital Rio Grande, em Natal, para o Hospital DF Star, no Distrito Federal, foi diagnosticada uma subobstrução intestinal, que prejudica a passagem de alimentos, líquidos e gases pelo intestino.
O cirurgião Cláudio Birolini, que acompanha o ex-presidente, explicou que a suboclusão intestinal é comum em pacientes submetidos a várias cirurgias, como é o caso de Bolsonaro. Apesar de episódios anteriores serem resolvidos com medidas clínicas, desta vez foi necessária uma intervenção cirúrgica devido à persistência do quadro.
A cirurgia, que está sendo realizada com anestesia geral, busca investigar e corrigir as complicações presentes na cavidade abdominal com cautela para evitar lesões na parede intestinal. Embora a duração do procedimento seja imprevisível, os médicos responsáveis ressaltam a importância de proceder com cuidado para garantir a saúde do ex-presidente.