O pedido de prisão ocorre após Yoon ter ignorado três convocações para comparecer a inquéritos que visam esclarecer suas ações durante seu mandato, especialmente a declaração de lei marcial em 3 de dezembro. Essa medida foi ostensivamente destinada a evitar sua destituição e foi acompanhada de acusações direcionadas à oposição, insinuando que seus membros simpatizavam com a Coreia do Norte. Esta afirmação foi prontamente rechaçada pelas forças de oposição, que a consideraram infundada e absurda.
Em um desdobramento ainda mais alarmante, Yoon tomou a drástica decisão de fechar o Parlamento, dissolvendo as atividades dos partidos políticos e submetendo a mídia a um controle militar rigoroso. Contudo, essa manobra não impediu que a Assembleia Nacional se reunisse, resultando em uma votação que acabou suspendendo a lei marcial, uma decisão que Yoon foi forçado a acatar.
A crise política culminou em 14 de dezembro, quando a Assembleia Nacional aprovou o impeachment do ex-presidente com 204 votos a favor e 85 contra, acentuando ainda mais a pressão sobre sua administração. Além de Yoon, outras figuras proeminentes, incluindo o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun e altos oficiais das Forças Armadas, também estão sendo investigados por supostos envolvimentos em práticas ilícitas, incluindo traição e rebelião.
Com essa situação em evolução, a Coreia do Sul enfrenta um cenário de incertezas políticas, deixando muitos a questionar o futuro da governança e da estabilidade interna no país. O desfecho desses acontecimentos pode ter implicações significativas não apenas para a política interna sul-coreana, mas também para a sua reputação no cenário internacional, particularmente em relação à sua abordagem com a Coreia do Norte e às alianças estreitas com países como os Estados Unidos.