Além de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também foram indiciados pela PF. Outras 14 pessoas também foram implicadas nas investigações, incluindo familiares de Mauro Cid, militares, assessores especiais de Bolsonaro e servidores públicos.
Essa ação da PF é resultado de uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, dentro do inquérito das milícias digitais. Segundo as investigações, o grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações fraudulentas no sistema ConecteSUS sobre vacinação contra a Covid-19 para obter vantagens ilegais, retirando em seguida essas mesmas informações do sistema.
É importante ressaltar que os dados falsos foram inseridos no sistema apenas alguns dias antes de Bolsonaro viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022, último mês de seu mandato como presidente. Essa ação levanta questões sobre a conduta do ex-presidente e seus aliados, além de destacar a gravidade de manipular informações relacionadas à vacinação em meio a uma pandemia.
Agora, com o processo encaminhado ao Ministério Público, cabe às autoridades avaliarem as provas e decidirem os próximos passos rumo à possível responsabilização dos envolvidos nesse esquema fraudulento. A sociedade aguarda por respostas e medidas que garantam a integridade e a transparência dos processos de vacinação no país.