Os inquéritos que apuram as supostas irregularidades envolvendo Bolsonaro estão em fase avançada e devem ser enviados à Procuradoria-Geral da República (PGR) até o final desta semana. A investigação mais recente envolveu uma equipe da PF que viajou aos Estados Unidos para realizar entrevistas e visitar lojas onde as joias recebidas ilegalmente foram comercializadas. O conjunto incluía diversos itens valiosos, como um anel, uma caneta, abotoaduras e um rosário islâmico com diamantes, além de um relógio Rolex.
O valor total estimado das joias ultrapassou os R$ 500 mil e o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que os presentes pertencem ao acervo da Presidência, não ao ex-presidente Bolsonaro. Além disso, Bolsonaro também enfrenta acusações no caso dos cartões de vacinação, no qual a PF já concluiu o inquérito em março, resultando no indiciamento de 16 pessoas, incluindo o ex-presidente e o tenente-coronel Mauro Cid.
No entanto, o Procurador-Geral da República solicitou que algumas investigações sejam aprofundadas, o que deverá ser finalizado em breve. Para complicar ainda mais a situação de Bolsonaro, as investigações sobre a suposta tentativa de golpe de estado que culminou nos ataques terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, em janeiro de 2023, estão previstas para serem concluídas no próximo mês. Esse caso é considerado o mais grave e pode resultar na prisão do ex-presidente.
Diante desses desdobramentos, o futuro político de Jair Bolsonaro parece cada vez mais incerto e cercado de incertezas. O desfecho dessas investigações pode mudar definitivamente o cenário político do Brasil e colocar em xeque a reputação do ex-presidente.