Ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, é condenado a 20 anos de prisão por receber propina da Odebrecht na construção de rodovia

O ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo Manrique, foi condenado nesta segunda-feira (21/10) a 20 anos e seis meses de prisão em regime fechado, por ter recebido propina de US$ 20 milhões da empreiteira brasileira Odebrecht na construção da Rodovia Interoceânica.

A sentença, que foi anunciada pela justiça peruana, marca mais um capítulo na saga de corrupção envolvendo políticos e empresários em diversos países da América Latina. Toledo, que chegou a fugir para os Estados Unidos, acabou sendo extraditado e encaminhado para o presídio de Barbadillo, em Lima, em abril do ano passado.

O julgamento ocorreu no Segundo Tribunal Penal Colegiado Nacional, presidido por Zaida Pérez, e a leitura integral da sentença está marcada para o próximo dia 31. As informações foram divulgadas pelo tribunal em suas redes sociais.

Além de Toledo, outros envolvidos no esquema de corrupção também foram condenados. O empresário José Fernando Castillo Dibós recebeu uma pena de 14 anos em regime fechado por lavagem de dinheiro. Já os ex-integrantes do comitê Proinversion, Sergio Bravo Orellana e Alberto Javier Pasco Font Quevedo, foram condenados a 9 anos de prisão por conduta ilegal.

A condenação de Toledo representa mais um passo importante na luta contra a corrupção na América Latina, demonstrando que figuras públicas não estão acima da lei. O caso também evidencia a importância das investigações da Lava Jato, que continuam a mostrar a força e o alcance do combate à corrupção em toda a região.

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