Ex-presidente do Angers condenado por abuso sexual de funcionárias do clube recebe pena de dois anos de prisão, com mais um suspenso.

O ex-presidente e proprietário do Angers, clube da segunda divisão francesa de futebol, Saïd Chabane, foi condenado a dois anos de prisão, com mais um de suspensão, por abusar sexualmente de seis funcionárias do clube. O caso foi julgado no oeste da França e o jornal Le Monde reportou que os advogados de Chabane apelarão da decisão.

Durante o julgamento, Chabane, de 59 anos, foi acusado de agressão sexual por abusar da autoridade conferida pela sua posição no clube. As promotoras solicitaram uma pena de três anos de prisão, sendo um deles suspenso, e descreveram o comportamento do ex-presidente como inaceitável. Ex-funcionárias do Angers e de uma empresa de frios de Chabane testemunharam sobre os abraços forçados e toques inapropriados que sofreram.

A primeira denúncia contra Chabane foi feita em janeiro de 2020 por uma funcionária do clube, desencadeando mais seis acusações de abuso de 2014 a 2019. O ex-presidente também enfrentará outro julgamento a partir de segunda-feira, por exercício ilegal da atividade de agente desportivo e lavagem de dinheiro.

Chabane, que comprou o Angers em 2011, renunciou ao cargo de presidente em março de 2023 devido às denúncias de abuso sexual. Assim como Chabane, outros jogadores famosos também foram condenados por crimes sexuais. O ex-jogador Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estupro, enquanto o ex-jogador Robinho foi preso pela pena de 9 anos por estupro coletivo.

Esses casos chamam a atenção para a importância de combater a cultura do estupro e garantir a proteção e respeito às mulheres em todos os ambientes, inclusive no mundo do esporte. A condenação de Chabane e de outros jogadores famosos serve como alerta sobre as consequências dos atos de violência sexual e a necessidade de responsabilização daqueles que cometem tais crimes.

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