Segundo a denúncia apresentada à Justiça pela Promotoria, a Apae de Bauru era palco de uma organização criminosa com estrutura e hierarquia definidas, visando obter vantagens ilícitas de forma articulada. Além de Franceschetti, outros 13 indivíduos da entidade se tornaram réus por organização criminosa e peculato.
Atualmente, nove dos acusados, incluindo o ex-presidente Roberto Franceschetti, estão sob custódia policial, enquanto a vítima Cláudia Regina da Rocha Lobo permanece desaparecida desde agosto. As autoridades policiais confirmam que ela foi morta por Franceschetti, que está preso desde meados de agosto. No entanto, o corpo de Cláudia nunca foi localizado, impedindo a emissão do atestado de óbito e mantendo-a oficialmente como desaparecida.
Imagens de câmeras de segurança revelam o momento em que Cláudia sai do prédio da Apae em direção a um veículo, supostamente com Franceschetti. A investigação aponta que a secretária foi assassinada com um tiro disparado pelo ex-presidente dentro de um carro da instituição, que posteriormente foi abandonado e utilizado para transportar o corpo até uma chácara na região local. Dilomar Batista, funcionário da Apae, admitiu colaborar no desaparecimento do corpo, que teria sido queimado e as cinzas dispersadas em áreas de mata.
O caso segue em desenvolvimento, com importantes desdobramentos ao longo das investigações. A Apae de Bauru, tradicionalmente conhecida por seu trabalho social, agora se encontra envolta em uma trama criminosa que choca a comunidade local e reforça a necessidade de transparência e fiscalização rigorosa em organizações semelhantes. Novas informações prometem lançar luz sobre os detalhes deste escândalo que abalou a rotina da entidade e escancarou a fragilidade diante da corrupção.