Fernández comparecerá na condição de investigado, sendo suspeito de ter cometido agressões psicológicas e físicas contra sua ex-parceira, Fabiola Yáñez, por aproximadamente oito anos. A decisão judicial alega que essas agressões causaram danos psicológicos permanentes em Yáñez, enfraquecendo sua saúde.
Segundo o juiz Ercolini, Fernández teria se aproveitado da vulnerabilidade de Yáñez e exercido violência de forma habitual e contínua, manifestada em diversas formas como assédio, controle, insultos, entre outros. Essas agressões teriam se intensificado durante a gravidez de Yáñez, incluindo agressões físicas como tapas e golpes.
O ex-presidente também é acusado de coagir sua ex-parceira para que não o denunciasse, ameaçando desampará-la e prometendo prejudicá-la caso não seguisse suas ordens. O promotor Ramiro González solicitou o depoimento de Fernández por lesões leves e agravadas, além de coação, crimes que podem resultar em até 18 anos de prisão.
Além dessas acusações, Fernández também está sendo investigado por supostas irregularidades na contratação de seguros por órgãos públicos durante sua gestão como presidente. A Câmara Nacional de Apelações rejeitou os recursos do argentino para remover o juiz do caso, confirmando Ercolini à frente do processo.
Essas acusações lançam uma sombra sobre o legado de Alberto Fernández como presidente da Argentina, levantando questionamentos sobre a conduta do ex-mandatário e seu possível envolvimento em crimes de violência e corrupção. O desfecho desse caso será aguardado com atenção pela população argentina e pela comunidade internacional.