Durante a operação, três secretários da ex-gestão de Aprígio foram alvos de mandados de busca e apreensão. José Vanderlei, Ricardo Rezende e Valdemar Aprígio, irmão do ex-prefeito, estão sendo investigados por possíveis relações com o atentado forjado. Valdemar Aprígio foi preso em flagrante por porte ilegal de armas.
A polícia acredita que o ataque foi organizado por pessoas próximas a José Aprígio, candidato à reeleição à época. Nas buscas realizadas, foram apreendidos computadores, celulares, armas e munições. Na residência do ex-prefeito, foi encontrado um montante de R$ 320 mil em espécie.
Além dos ex-secretários, também estão sendo investigadas as testemunhas que estavam no carro com Aprígio no momento do atentado, bem como dois suspeitos que teriam agido como intermediários entre os mandantes e os executores. Um dos investigados é Christian Lima Silva, sobrinho-neto do ex-prefeito, que já teria participado de uma armação semelhante no passado.
Até o momento, as autoridades não possuem indícios que liguem José Aprígio diretamente ao atentado. Em nota, o advogado do ex-prefeito afirmou que ele foi surpreendido com o desdobramento das investigações e ressaltou que Aprígio é vítima do episódio.
Segundo o delegado Bressan, indícios apontam que o ataque ao ex-prefeito foi forjado, destacando que Aprígio esteve em situações mais vulneráveis ao longo do dia, o que facilitaria um possível assassinato. Frequentes conversas dos executores sobre a blindagem do carro também levantaram suspeitas.
A investigação conta com o apoio do Gaeco, que cumpriu mandados de busca e apreensão, visando esclarecer a verdade por trás do atentado falso que chocou a cidade de Taboão da Serra e surpreendeu a população.