Em uma confissão perturbadora, Lessa declarou: “Eu me deixei levar. Foi ganância. Realmente, foi uma ilusão danada que eu caí”. Além de expor a motivação financeira por trás do crime, o ex-policial militar fez sérias acusações sobre a corrupção arraigada nas polícias do Rio de Janeiro. Em um momento marcante de sua fala, ele denunciou: “Se houvesse hoje uma intervenção, uma coisa séria, e aparecesse um cara para denunciar, provando que ofereceu dinheiro para delegado, ia ter que abrir concurso. Meia dúzia de gatos pingados ia se salvar. O resto ia para a cadeia. Essa é a realidade da Polícia Civil, e da Polícia Militar também. As polícias no Rio de Janeiro estão contaminadas há décadas.”
Lessa ainda destacou que, na reunião em que recebeu a missão para executar Marielle Franco, ficou evidente que Domingos Brazão, um dos supostos mandantes, exercia influência sobre a Delegacia de Homicídios e tinha a Polícia Civil sob seu controle.
As revelações feitas por Lessa colocam em xeque a integridade e a transparência das instituições policiais no Rio de Janeiro, levantando questões sobre a necessidade de reformas e mudanças profundas para combater a corrupção e garantir a segurança dos cidadãos. A sociedade clama por justiça e por respostas diante de um crime que deixou marcas profundas na história do país.