O ex-soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), Djair Oliveira de Araújo, investigado por aplicar um golpe milionário contra policiais do Bope e outros investidores, deixou o Brasil às pressas devido a ameaças de morte que vinha recebendo. A situação delicada levou Djair a fugir para a Europa com sua família, temendo pela própria vida após ser exposto por sua falsa rotina de ostentação.
Segundo informações apuradas pela Polícia Civil fluminense, Djair mantinha uma empresa de investimentos onde prometia dividendos mensais de 5% do valor investido. Inspirando-se em uma vida luxuosa e cheia de glamour nas redes sociais, o ex-soldado conseguia atrair policiais e profissionais liberais para investir grandes quantias em seu negócio, que se revelou ser uma enorme pirâmide financeira.
As vítimas, que chegaram a vender imóveis e contrair empréstimos para investir na empresa de Djair, estimam que o prejuízo total causado pelo golpe gire em torno de R$ 30 milhões. Com a quebra do esquema, os investidores passaram a ameaçar o ex-PM, colocando em risco a sua segurança e a de sua família.
Em depoimento nas redes sociais, Djair relatou as ameaças recebidas, atribuindo-as a um grupo de policiais militares da ativa que o pressionavam a cumprir exigências sob ameaça de retaliação. O ex-militar ressaltou que não recebeu os valores investidos pelos clientes e passou a ser perseguido pelos mesmos, que faziam ameaças a seus familiares.
A investigação revelou que Djair utilizava a ostentação e a proximidade com policiais do Bope para conquistar a confiança dos investidores, que acreditavam nos altos lucros prometidos. O ex-PM mantinha um escritório luxuoso no Recreio dos Bandeirantes e contava com a participação de agentes da elite da Polícia Militar em vídeos motivacionais, visando dar credibilidade ao seu negócio.
Com dezenas de vítimas lesadas, que se uniram em um grupo de WhatsApp para tentar recuperar o dinheiro perdido, a fraude cometida por Djair Oliveira de Araújo tem gerado indignação e revolta entre os prejudicados. As acusações de golpe e má conduta financeira levaram o ex-militar a se pronunciar, defendendo-se e alegando que sua empresa não faliu e que as acusações são infundadas.
Djair afirmou que sua empresa continua em atividade e que está tranquilo em relação ao procedimento investigatório em andamento. O ex-PM rechaçou as acusações de golpe, alegando que os investidores eram em sua maioria funcionários da empresa e que os valores aportados foram utilizados de forma legítima na operação do negócio.
Enquanto as vítimas buscam reaver os milhões perdidos, a história de Djair Oliveira de Araújo serve de alerta sobre os riscos envolvidos em investimentos duvidosos e na confiança cega depositada em promessas de altos lucros. O caso, que ainda está sob investigação, lança luz sobre os perigos das pirâmides financeiras e a importância da transparência e ética no mercado de investimentos.
