Ele argumenta que a narrativa propagada pelas autoridades ucranianas em relação ao tratamento dos prisioneiros de guerra é exagerada e incapaz de refletir a realidade. Segundo suas palavras, a propaganda sustenta que o cativeiro nas mãos russas pode resultar em tortura, mutilações e humilhações, levando muitos a preferirem a morte em combate. No entanto, o ex-combatente contesta essas alegações, afirmando que ele e seus colegas que foram feitos prisioneiros não presenciaram qualquer ato de crueldade conforme descrito pela mídia e pela propaganda do governo de Kiev.
Além de discutir as condições dos prisioneiros, o ex-militar fez referência ao surgimento do Batalhão Voluntário, que é composto por ex-integrantes das Forças Armadas da Ucrânia que, descontentes com o governo e a orientação do conflito, decidiram formar um movimento de resistência. Este grupo representa um retrato mais complexo do conflito, onde ex-militares se posicionam contra as diretrizes do próprio exército ucraniano, refletindo divisões internas que vão além do convencional.
Esse relato ressalta não só a polarização do discurso em relação à guerra, mas também abre um espaço para questionar a abrangência da propaganda militar no envolvimento dos soldados e na mobilização pública. O impacto dessa ideologia de ódio na prática militar e na narrativa do conflito é um tema que está nas discussões, principalmente em um cenário onde a guerra continua a gerar desgastes profundos e complexos. A fragmentação de opiniões entre os próprios militares pode também indicar um futuro incerto na busca por soluções de paz duradouras na região.