A arma foi encontrada no quarto do ex-jogador, que, ao ser interpelado pela polícia, alegou que o objeto pertencia a um amigo já falecido, que supostamente havia estado em sua casa para gravar uma música. No entanto, investigações subsequentes indicaram que a arma era, na verdade, um item furtado em uma cidade a cerca de 70 quilômetros de sua residência.
Helton Arruda, 47 anos, foi liberado após a detenção, mas terá a obrigação de se apresentar periodicamente à Justiça. A operação policial foi desencadeada devido a uma denúncia feita por uma mulher, com quem o ex-atleta manteve um relacionamento extraconjugal por mais de dez anos. A vítima relatou que durante uma discussão, Helton teria ido até ela buscando pertences como pijama, roupas e itens pessoais, momento em que a situação de agressão teria ocorrido.
Segundo depoimentos prestados à polícia, em uma rua do bairro de Canidelo, Arruda teria pressionado um objeto que parecia ser uma arma contra a cabeça da mulher. O ex-goleiro teria escondido o objeto quando um conhecido se aproximou e questionou se estava tudo bem.
O caso de violência doméstica veio à tona em julho, quando a mulher procurou a polícia e, posteriormente, o Ministério Público decidiu acolher a denúncia. Helton será julgado no Departamento de Investigação e Ação Penal no Porto. Se o caso tivesse ocorrido no Brasil, ele seria processado pela Lei Maria da Penha, mas, em Portugal, pode ser condenado por “maus-tratos simples”, com penas que variam entre dois a oito anos de prisão.
As investigações seguem em andamento, com diversas testemunhas sendo ouvidas. O ex-goleiro, que se aposentou em 2020 e foi nomeado embaixador da Liga Portuguesa devido à sua carreira, ainda não se pronunciou publicamente sobre as acusações que pesam sobre ele.