Ex-funcionário do Consulado-Geral do Brasil em Paris trava batalha com Ministério das Relações Exteriores por indenização milionária.

O Ministério das Relações Exteriores está envolvido em uma polêmica após perder uma ação trabalhista na França e se recusar a pagar uma indenização de mais de € 320 mil a Tiago Fazito, ex-funcionário do Consulado-Geral do Brasil em Paris. Essa situação já se arrasta há mais de dois anos, com o governo brasileiro negando-se a arcar com o montante determinado pela justiça francesa.

Fazito, que foi contratado como técnico de informática em 2012, decidiu acionar a justiça francesa após perceber discrepâncias nos salários dos funcionários que exerciam a mesma função que a dele. Ele também alegou que suas responsabilidades iam além do que constava em seu contrato de trabalho, incluindo atividades como atendimento ao público e trabalho com passaportes.

Além disso, Fazito se dedicou à criação de um sindicato que representava os trabalhadores locais nas representações diplomáticas brasileiras, o que pode ter sido um dos motivos de sua demissão. Ele afirma que foi dispensado por justa causa sob a acusação de anexar documentos sigilosos ao processo, embora alegue que esses documentos apenas comprovavam as suas reivindicações salariais e sua atuação sindical.

O ex-funcionário agora busca que o governo francês assuma a responsabilidade pelo pagamento da indenização, argumentando que a decisão judicial deve ser cumprida, independentemente de alegações de violação da soberania do Brasil. Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores enfrenta críticas pela postura adotada e pela repercussão negativa do caso.

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