Segundo informações reveladas por esta coluna em janeiro, a mulher recebeu o prêmio da Mega-Sena em outubro de 2020, casou-se poucos dias depois e, após nove meses, separou-se do ex-marido. O ex-motorista de kombi então buscou na Justiça o direito à metade do valor, além de danos morais, alegando a existência de uma união estável. O processo foi mantido em segredo para preservar a identidade dos envolvidos e por questões de segurança.
A sentença proferida pelo Tribunal de Justiça de Alagoas destacou que não foram apresentadas provas suficientes para caracterizar a união estável entre as partes antes do casamento. Assim, foi determinado que a ex-dona de barraca não teria que dividir o prêmio com o ex-marido. No entanto, parte dos bens da mulher foi bloqueada pela Justiça, correspondente a 50% do valor total, mas apenas uma parte foi encontrada em suas contas.
A defesa do ex-motorista alegou que o homem estava com medo do “poderio econômico” da ex-mulher, o que motivou a ação judicial. No entanto, a mulher negou as acusações e afirmou ter mudado de cidade por questões de segurança após ganhar na Mega-Sena. A disputa judicial ainda não chegou ao fim, uma vez que há a possibilidade de recursos.
Apesar das alegações do ex-marido, a justiça entendeu que o relacionamento entre os dois não configurava uma união estável, pois não havia convivência duradoura e os detalhes apresentados não foram suficientes para comprovar tal vínculo. A mulher defendeu que o casamento foi motivado por razões religiosas e que não houve intimidades antes da cerimônia oficial.
Dessa forma, a polêmica em torno do prêmio da Mega-Sena continua, envolvendo questões de relacionamento, direitos legais e valores financeiros significativos. A defesa do ex-motorista de kombi não se manifestou sobre a recente decisão judicial.