Ex-Diretor da PRF, Silvinei Vasques, Cumpre Prisão Preventiva em Brasília
Neste sábado, 27 de dezembro, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, foi transferido para o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como Papudinha, em Brasília. A medida foi determinada após sua condenação a mais de 24 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Sua detenção ocorreu na sexta-feira, 26, quando ele foi flagrado no Paraguai, tentando fugir com documentos falsos.
A Papudinha, localizada dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, é uma instalação com 54,76 metros quadrados que inclui quarto, banheiro, cozinha e sala de estar. Embora tenha capacidade para abrigar até quatro detentos, atualmente, a cela é dividida apenas por Vasques e pelo ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que já está preso no local desde 25 de novembro. As condições de alojamento incluem itens como geladeira, chuveiro com água quente eTV, além de cinco refeições diárias.
Um dos aspectos mais notáveis da unidade é a estrutura de saúde, que dispõe de equipe médica composta por clínicos, enfermeiros, dentistas e psicólogos, proporcionando assistência integral aos detentos. O Núcleo de Custódia da Polícia Militar, responsável por este espaço, atende especificamente a policiais militares e autoridades com status de Estado-Maior.
A prisão de Vasques ocorreu após ele violar medidas cautelares que o proibiam de deixar o país e o obrigavam a usar tornozeleira eletrônica. Ele havia sido condenado, mas não havia um mandado de prisão aberto até a tentativa de fuga. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, emitiu a ordem de prisão preventiva em resposta à situação.
Vasques foi preso no aeroporto de Assunção, no Paraguai, quando tentava embarcar com um passaporte falsificado. A operação de sua prisão foi coordenada pelas autoridades locais, em colaboração com a Polícia Federal brasileira, que havia sido intimada sobre a possível fuga. Após sua detenção, ele foi conduzido às autoridades brasileiras em Foz do Iguaçu, de onde foi transferido para Brasília.
Durante a investigação que levou à sua condenação, Vasques foi acusado de integrar um “núcleo 2” da trama golpista, conspirando para coordenar ações de bloqueio em rodovias no dia das eleições de 2022, com o objetivo de dificultar a votação em áreas favoráveis ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Esta ação está classificada como crime de prevaricação e violência política.
Com as indignações sobre a prisão e as circunstâncias de sua condenação, o caso de Silvinei Vasques continua a repercutir no cenário político nacional. Sua detenção em condições relativamente confortáveis chamou a atenção e gerou debates sobre a penalização de figuras públicas no Brasil.







