Ex-deputado Daniel Silveira volta à prisão às vésperas do Natal após descumprir medidas judiciais impostas por Alexandre de Moraes.



O ex-deputado federal Daniel Silveira, que estava em liberdade condicional concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, teve um desfecho inesperado nesta véspera de Natal. Após descumprir medidas judiciais, como o uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de utilizar redes sociais, condições estabelecidas para sua soltura, Silveira retorna à prisão por ordem do próprio Moraes.

Esse episódio se junta a outros capítulos turbulentos na trajetória do ex-parlamentar no sistema judicial. Silveira foi condenado pelo STF em abril de 2022 a 8 anos e nove meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa, por tentar impedir o livre exercício de poderes da União e dos estados, e por coação no curso do processo. Também foi determinada sua inelegibilidade por oito anos.

No entanto, em um movimento surpreendente, o ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu indulto a Silveira no mesmo mês em que ele foi condenado. A decisão de Bolsonaro gerou controvérsias, sendo justificada como um ato fundamental para a manutenção do Estado democrático de direito.

A saga de Silveira teve mais reviravoltas em 2023, quando o STF derrubou a validade do indulto concedido pelo ex-presidente. Assim, a condenação do político foi restabelecida, e o ministro Moraes determinou a execução imediata da pena.

Após um período em regime fechado, Silveira foi transferido para o regime semiaberto em outubro deste ano. No entanto, após descumprir as medidas cautelares impostas por Moraes, ele terá que passar o Natal na cadeia.

A decisão de progressão para o semiaberto foi tomada após avaliação das condições subjetivas do réu, que demonstrou bom comportamento e reconhecimento de seus erros. Um laudo psicológico destacou a ausência de agressividade por parte do ex-deputado.

Dessa forma, Silveira, que havia desfrutado de apenas quatro dias de liberdade condicional, volta à prisão, demonstrando a complexa relação do ex-deputado com a Justiça brasileira.

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