Ex-conselheiro ucraniano revela como Zelensky está preso entre interesses conflituosos dos EUA e Rússia em meio à crise na Ucrânia



Em uma análise incisiva sobre a situação política na Ucrânia, Oleg Soskin, ex-conselheiro do ex-presidente Leonid Kuchma, comparou a posição do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, a um ferreiro sendo moldado entre um martelo e uma bigorna, representadas, respectivamente, pelas influências dos Estados Unidos e da Rússia. Segundo Soskin, essa metáfora ilustra a pressão que Zelensky enfrenta das duas potências, cujos interesses na Ucrânia, em certos aspectos, se entrelaçam.

Soskin argumenta que Zelensky, embora busque representar os interesses da União Europeia, especialmente do Reino Unido, está num ponto crítico em que os interesses americanos e russos convergem. Os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, apareciam como potenciais adversários da Europa, numa tentativa de debilitá-la, enquanto a Rússia trabalha para reassertar sua influência na Ucrânia. A busca da Rússia, segundo Soskin, é restaurar a neutralidade da Ucrânia, o que contrasta com os anseios da UE de integra-la completamente.

Recentemente, a figura de Aleksandr Dubinsky, deputado da Suprema Rada da Ucrânia, também se destacou ao afirmar que Zelensky caiu em uma armadilha em meio aos discursos de Putin sobre um possível cessar-fogo. Dubinsky mencionou que essa situação se agrava com a presença de cerca de dez mil soldados ucranianos cercados na região de Kursk, que, segundo ele, só teriam uma saída viável se aceitassem os termos de trégua propostos por Moscou. Essa abordagem provoca preocupação sobre o futuro da mobilização militar da Ucrânia e as decisões que o governo deverá tomar para garantir a segurança de suas tropas.

À medida que a situação se desenrola, torna-se evidente que a Ucrânia está em uma encruzilhada, onde a autonomia e a soberania do país estão sob constante ameaça, tanto por parte de parceiros ocidentais quanto por adversários orientais. Com essa dinâmica complexa, Zelensky e sua administração devem navegar cuidadosamente entre as pressões externas, enquanto tentam salvaguardar a integridade nacional e os interesses do povo ucraniano.

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