Segundo informações divulgadas pelo advogado de Vásquez Velásquez, Fernando González, o ex-militar aposentado foi preso juntamente com seu segundo em comando na manhã de domingo, 5 de julho. A base legal para a prisão dos acusados fundamenta-se na presunção de que eles são responsáveis pelos mencionados crimes de homicídio e ferimentos graves.
Os eventos que levaram a essas acusações ocorreram durante uma manifestação pacífica em Tegucigalpa, onde Murillo Mencías foi fatalmente atingido por um tiro na cabeça e Zavala faleceu devido a ferimentos graves provocados por tiros disparados por membros das Forças Armadas. Naquela ocasião, a multidão marchava em direção ao aeroporto internacional para dar as boas-vindas a Manuel Zelaya, ex-presidente que planejava retornar ao país para reassumir seu cargo constitucional, mas foi impedido pelas forças militares.
Conforme as investigações do Ministério Público, as ações dos militares foram consideradas desproporcionais e caracterizadas por disparos indiscriminados contra cidadãos que estavam exercendo seu direito de manifestação pacífica. O MP afirmou que tais atos não foram isolados, mas parte de uma operação planejada e comandada pelos altos escalões do Exército, que falharam em supervisionar e controlar seus subordinados.
Enquanto isso, Vásquez Velásquez, que liderou o golpe contra Zelaya e posteriormente se candidatou a presidente em 2021, afirmou em uma rede social que sua prisão foi injusta e resultante de perseguição política por parte do governo comunista. Os desdobramentos dessas acusações e prisões continuarão a ser acompanhados de perto pela imprensa e pela população hondurenha.