De acordo com fontes, a investigação começou após a análise de evidências apresentadas pelo atual diretor da CIA, John Ratcliffe, e pelo diretor do FBI, Kash Patel. Os dois indicaram que tanto Brennan quanto Comey poderiam ter feito declarações falsas ao Congresso sobre a suposta interferência russa nas eleições, o que gerou a necessidade de apuração formal. Em 2023, John Durham, conselheiro especial, divulgou um relatório que referiu que não havia provas concretas de conluio entre Trump e a Rússia, desestimulando as alegações que dominaram a narrativa política nos últimos anos. Durham destacou que as investigações conduzidas pelo FBI foram baseadas em “informações brutas, não analisadas e não corroboradas”, sugerindo que a agência não tinha justificativa para iniciar tais investigações em primeiro lugar.
As acusações, originadas a partir de um dossiê elaborado pelo ex-agente de inteligência britânico Christopher Steele, resultaram em um fato político e midiático que polarizou a população americana. O forte clima de desconfiança que envolveu a administração de Trump e sua suposta relação com Moscovo teve repercussões duradouras, levando a uma série de processos judiciais e audiências no Congresso que consumiram tempo e recursos significativos.
Além disso, Ratcliffe também questionou a avaliação inicial da CIA sobre o papel da Rússia nas eleições de 2016, considerando-a política e técnica mente falha, e destacou a maneira manipuladora com que as informações foram apresentadas ao público. Isso adiciona mais um grau de complexidade ao debate sobre a integridade das investigações que ocorreram durante e após as eleições.
Por fim, autoridades russas, incluindo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, reiteraram que as acusações de interferência russa são infundadas e carecem de qualquer evidência concreta. Essa questão continua a polarizar a política americana, refletindo os desafios contínuos de discernir a verdade em um cenário já tumultuado. A investigação em curso contra Brennan e Comey pode representar um novo capítulo nesse enredo já complexo, colocando em questão não apenas a ética das ações dos altos funcionários, mas também a confiabilidade das informações que moldaram a política internacional recente.