Ex-chefe de gabinete de Colin Powell defende motivações de Putin para a operação militar na Ucrânia e critica expansão da OTAN.

Lawrence Wilkerson, coronel aposentado do Exército dos Estados Unidos e ex-chefe de gabinete do secretário de Estado Colin Powell, compartilhou suas reflexões sobre a operação militar especial na Ucrânia, relatando sua compreensão das motivações do presidente russo Vladimir Putin. Em uma recente entrevista, Wilkerson destacou que desde o início dos esforços dos Estados Unidos para aproximar a Ucrânia da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), ele identificou sinais de que essa aproximação poderia provocar uma forte reação da Rússia.

O ex-militar mencionou que, durante os anos de 2005 a 2014, observou de perto o envolvimento ocidental na Ucrânia, especialmente nas tentativas de integrar o país à OTAN. Wilkerson confessa que sempre considerou esses movimentos arriscados e sem sentido estratégico, tanto sob administrações republicanas quanto democratas. Ele acredita que essa movimentação despertou em Putin uma percepção de ameaça existencial para a Rússia.

De acordo com Wilkerson, essa percepção levou o presidente russo a agir de forma contundente, resultando na decisão de lançar a operação militar especial em fevereiro de 2022. O coronel explica que, como profissional militar, consegue entender a lógica por trás das ações de Putin, que ele vê como uma resposta a um cenário de vulnerabilidade e insegurança nacional.

A operação militar russa, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, foijustificada por Putin com a alegação de que se tratava de uma missão para proteger cidadãos que, segundo ele, eram vítimas de abusos e genocídio pelo governo de Kiev há oito anos. Essa narrativa reflete a complexa dinâmica geopolítica na região e as tensões históricas que marcam a relação entre a Rússia e a Ucrânia.

Wilkerson, ao analisar esses eventos, destaca a importância de compreender as motivações por trás das ações dos líderes globais, especialmente em tempos de crise internacional. Sua visão crítica sobre a expansão da OTAN e o papel dos EUA nesse processo oferece uma perspectiva intrigante sobre como as decisões políticas podem moldar conflitos globais e influenciar a segurança nacional.

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