No tiroteio que resultou na morte de Marcelo Arruda, Guaranho foi baleado e espancado, deixando-o com dificuldades de locomoção, de acordo com sua defesa. A sentença proferida na sexta-feira determinou que Guaranho fosse encarcerado em regime inicial fechado. No entanto, a decisão do desembargador Scaff trouxe uma reviravolta, permitindo que o condenado cumpra sua pena em prisão domiciliar, desde que utilize tornozeleira eletrônica e siga algumas restrições.
A viúva de Marcelo Arruda, Pâmela Suellen Silva, celebrou a condenação de Guaranho pelo Tribunal do Júri, destacando que a justiça foi feita. O Ministério Público do Estado do Paraná afirmou que analisará a decisão do desembargador Scaff para tomar as medidas cabíveis.
O homicídio de Marcelo Arruda foi motivado por divergências políticas, já que Guaranho é eleitor do ex-presidente Jair Bolsonaro. O Ministério Público considerou essa motivação como “torpe” e o Tribunal do Júri concordou com os agravantes de motivo fútil e perigo comum.
O julgamento durou três dias e contou com a participação de sete jurados, sendo quatro mulheres e três homens. A condução ficou a cargo da juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba. Ao longo do processo, foram ouvidas nove pessoas, incluindo informantes, testemunhas e peritos, e Guaranho foi o último a prestar depoimento.
O desfecho desse caso envolvendo a morte de Marcelo Arruda por Jorge Guaranho trouxe à tona a questão da justiça e da segurança pública no Estado do Paraná. A decisão de conceder a prisão domiciliar ao condenado levanta questionamentos sobre a eficácia do sistema penal e a proteção das vítimas de crimes violentos. É fundamental que a sociedade e as autoridades estejam atentas à evolução desse caso e às medidas adotadas para garantir a aplicação correta da lei.