O documento, intitulado “Discurso 31-10.docx”, teve seus metadados analisados pela PF, indicando que Felipe Martins foi o responsável por redigi-lo. Nele, há uma narrativa que questiona a legitimidade do pleito e lança dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral. Trechos do texto sugerem que Bolsonaro seria uma vítima de um suposto conluio entre poderosos e a mídia para ocultar a verdade.
Além disso, o laudo da PF aponta que o discurso foi concebido com o intuito de incitar os eleitores do ex-presidente, insinuando que a derrota não teria sido apenas resultado do uso de urnas eletrônicas e possíveis interferências externas, mas também de ações deliberadas em favor do candidato vencedor.
O documento foi descoberto em um HD externo apreendido na residência de Tércio Arnaud Tomaz, outro ex-assessor especial de Bolsonaro ligado ao denominado “gabinete do ódio”. Esse achado colocou Filipe Martins sob os holofotes, sendo ele um dos 37 indiciados pela PF por crimes como organização criminosa, golpe de Estado e atentado à democracia.
A defesa de Filipe Martins prontamente reagiu, refutando veementemente as acusações e alegando falta de provas concretas para embasar o indiciamento. Em comunicado público, os advogados de Martins caracterizaram o processo como uma tentativa arbitrária de distorcer os fatos e comprometer a reputação de seu cliente.
Diante desse cenário conturbado, a investigação prossegue, e a incerteza paira sobre as reais intenções por trás do documento encontrado. O desfecho desse episódio promete ser crucial para o desenrolar dos acontecimentos políticos no país e para a trajetória de Filipe Martins no centro dessa controvérsia.