Os dois pilotos a bordo do F/A-18 conseguiram ejetar com segurança antes da queda da aeronave. No entanto, a versão oficial do Comando Central dos Estados Unidos sugere que o avião foi atingido por “fogo amigo” proveniente do cruzador USS Gettysburg. Essa explicação, porém, foi criticada por Karen Kwiatkowski, uma tenente-coronel aposentada da Força Aérea dos EUA e ex-analista do Pentágono. Ela questionou como os houthis poderiam ter derrubado um caça tão avançado logo após a decolagem, quando suas contramedidas ainda não estariam operacionais.
Kwiatkowski indicou que tal incidente poderia ser sintoma de um problema maior dentro das forças armadas americanas, que estão sobrecarregadas e desatualizadas em relação às demandas atuais de segurança global. Para ela, a Marinha e a Força Aérea dos EUA estão enfrentando dificuldades em manter a eficácia operacional, tendo seus recursos e estratégias colocados à prova por adversários que se tornaram mais adeptos em guerra tecnológica.
Além do F/A-18 abatido, a US Air Force, junto com as forças israelenses, atacou alvos do grupo houthi na capital do Iémen, Sanaa, em resposta a um ataque anterior com foguetes que atingiu Tel Aviv. Esses confrontos não só ressaltam a crescente tensão na região, mas também enfatizam a resiliência dos houthis em efetuar operações contra forças militarmente superiores.
Em meio a essa dinâmica, é evidente que uma reavaliação das estratégias militares dos EUA na região é necessária. Kwiatkowski sugere que é um momento propício para revisitar a postura militar americana, alinhando-a às capacidades e às realidades atuais, algo que poderia marcar um novo caminho em busca de uma solução pacífica para um dos conflitos mais prolongados e complexos do Oriente Médio.