No registro, é possível observar inúmeros buracos de bala no para-brisa do carro, enquanto o motorista, que parece ter sofrido ferimentos, dirige pelas ruas. Morales reforçou sua acusação ao afirmar que dois veículos o interceptaram e dispararam. Durante uma entrevista concedida na sequência do ataque, ele mencionou que uma das balas passou a poucos centímetros de sua cabeça, demonstrando a gravidade da situação. “Não sei se eram soldados ou policiais”, foi uma das declarações mais impactantes feitas por ele, que expressou sua preocupação com a segurança em meio a um ambiente político conturbado.
O governo atual do presidente Luis Arce, segundo Morales, é diretamente responsável por essa tentativa de ataque. Por outro lado, o vice-ministro da Segurança, Roberto Rios, se manifestou afirmando que não houve operações policiais contra o ex-presidente, mexendo ainda mais com o ambiente já polarizado do país. Rios declarou que é dever das autoridades investigar qualquer relato, independentemente da veracidade.
Esse episódio não acontece em um vácuo de paz. A Bolívia tem vivenciado um aumento significativo nas tensões políticas, com apoiadores de Morales bloqueando rodovias estratégicas e se confrontando com as forças de segurança. A escalada de violência e as acusações mútuas resultantes de incidentes como este podem intensificar ainda mais a agitação social e política no país sul-americano, que já enfrenta um período de polarização e incerteza. A situação se torna cada vez mais complicada, com ecos de um passado recente de conflitos políticos no horizonte boliviano, que exige atenção cuidadosa e respostas adequadas de todos os lados envolvidos.