Durante um evento na Federação de Produtores de Folha de Coca em Cochabamba, Morales declarou: “No dia do registro, dois dias antes do prazo, iremos milhares e milhares até La Paz para que eu possa me inscrever”. Essa ação demonstra a determinação de Morales de concorrer novamente à presidência, apesar dos obstáculos que enfrenta.
É importante ressaltar que o Tribunal Constitucional da Bolívia desqualificou Morales em 2024, impedindo-o de concorrer à presidência naquela ocasião. Além disso, ele também foi removido do Movimento ao Socialismo (MAS), partido político do qual o presidente Luis Arce também faz parte.
Diante da possibilidade de não ter sua inscrição permitida, Morales afirmou: “Será um grande esforço até chegarmos a La Paz. Imaginem se não permitirem nossa inscrição, vamos convidar a comunidade internacional para garantir o respeito às normas. Estamos habilitados, e precisamos divulgar isso”. Essas declarações refletem a determinação do ex-presidente em participar do processo eleitoral.
No entanto, Evo Morales também enfrenta acusações graves, sendo investigado pelo crime de tráfico de pessoas devido a uma suposta relação amorosa com uma menor de idade que engravidou em 2016. Atualmente, há uma ordem de prisão contra ele, o que o levou a se refugiar na região de Cochabamba, onde conta com o apoio significativo dos camponeses produtores de folha de coca.
Diante desse cenário político conturbado, a trajetória de Evo Morales é marcada por desafios e controvérsias, enquanto ele busca se manter ativo na vida política do país. A mobilização de seus apoiadores rumo a La Paz promete ser um episódio importante dentro do contexto eleitoral boliviano.
Por Redação.