O tema ganhou destaque devido à necessidade de um diálogo aprofundado sobre a importância desses territórios no contexto cultural e político do estado. Além disso, a iniciativa ressaltou a necessidade de conferir às comunidades das favelas um poder legislativo que reconheça sua relevância no fortalecimento desses espaços.
Foi apresentada a proposta de construção de Projetos de Lei (PL) que assegurem não apenas os direitos políticos dessas comunidades, mas também seus direitos civis e sociais. Um dos exemplos destacados foi a sugestão de um PL que institua o Dia dos Povos das Favelas, com o objetivo de promover a cultura e suas manifestações em Maceió, consolidando-as como locais de resistência e consciência social.
Durante o evento, a Cufa Alagoas desempenhou um papel fundamental, e a presença inspiradora de Thayse Melo, uma das suas representantes, iluminou o debate, fortalecendo o diálogo e ampliando a visibilidade das questões que envolvem essas comunidades.
Uma das instituições homenageadas foi o Cepa Quilombo, que há 22 anos atua na preservação do território, da memória, da cultura e da ancestralidade em Alagoas, promovendo a celebração das raízes culturais afro-alagoanas.
Sirlene Gomes, representante do Massapê Corpo e Movimento e do CEPA Quilombo, ressaltou a importância do debate e a representatividade do Dia da Favela, enfatizando que é necessário discutir questões como empoderamento, cultura, música, entre outras, em diversos momentos e locais.
Heloíza Romeiro, produtora cultural do Cultura Reggae Alagoas, destacou a relevância do tema debatido no Mundaú Lagoa Aberta, ressaltando a importância de políticas públicas voltadas para as periferias.
Márcio Adriano, fundador do Sindicato de Bibliotecários de Alagoas, enfatizou a importância do evento e do debate realizado, destacando a relevância da periferia de Maceió e das cadeias produtivas na cultura afro-alagoana.
O evento contou com a presença de diversos artistas e organizações, bem como a participação de representantes de diversas entidades, destacando a amplitude e importância do debate sobre as favelas.
A 40ª edição do Lagoa Mundaú Aberta foi um marco na discussão sobre o papel das favelas na cultura e na sociedade alagoana, demonstrando a importância de promover diálogos aprofundados sobre esse tema. Ficou evidente a relevância das comunidades das favelas e seu papel ativo na construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente.