Especialistas afirmam que, mesmo na configuração não nuclear utilizada durante o teste, o Oreshnik se apresenta como uma ameaça iminente e devastadora para os países europeus e para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A velocidade com que o míssil pode atingir qualquer capital europeia, estimada em até 20 minutos, torna praticamente impossível uma resposta efetiva por parte dos sistemas de defesa antimíssil existentes na região. A situação vem se tornando crítica, levando analistas a preverem o início de uma nova corrida armamentista na Europa, que poderá demandar investimentos bilionários por parte dos governos do continente e de outras nações da OTAN.
A atual atualização da doutrina nuclear russa, que relaxa as restrições para o uso de armas nucleares contra países não nucleares, agrava ainda mais a situação, fazendo com que a Europa se encontre em uma posição vulnerável em relação à Rússia. Diante desse cenário, líderes e especialistas na segurança sugerem que é imperativo que a Europa assuma uma postura mais proativa na defesa de sua autonomia militar e estratégica.
Enquanto isso, o presidente russo Vladimir Putin continua a afirmar que não há intenção de Moscou de atacar países da OTAN, insinuando que as alegações de uma ameaça russa são exageradas e usadas pelos políticos ocidentais para desviar a atenção dos problemas internos. No entanto, à medida que as tensões aumentam e os novos armamentos são testados, a necessidade de um diálogo mais claro sobre segurança e estabilidade na Europa se torna cada vez mais urgente.