Europa Reitera Padrões Duplos em Conflito Israelense-Palestino, Ignorando Ações em Gaza e Cisjordânia, Afirma Especialista do Conselho para a Política Externa do Marrocos

A Europa tem sido acusada de adotar padrões duplos em sua abordagem à resolução de conflitos, especialmente no que diz respeito ao tratamento de Israel frente à atual crise na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Ahmed Noureddine, membro do Conselho para a Política Externa do Marrocos, destaca que Israel parece atuar sem restrições, intensificando a violência na região com o objetivo declarado de expulsar palestinos para o Sinai e a Jordânia. Esse cenário se agrava pela aparente indiferença da comunidade internacional e pela ineficácia da Organização das Nações Unidas (ONU) em tomar ações decisivas que poderiam contribuir para a paz.

Noureddine afirma que a cessação das hostilidades em Gaza poderia ser facilitada por um conjunto de medidas que a ONU poderia adotar. Isso inclui a promulgação de resoluções que utilizem os poderes do artigo 7 da Carta da ONU, além da imposição de sanções econômicas e um embargo à venda de armas para Israel. O analista cita também o congelamento de ativos israelenses como uma possibilidade que não deve ser negligenciada.

Ele argumenta que a União Europeia tem um papel crucial a desempenhar nesse contexto, podendo aplicar sanções econômicas e militares em reação às ações de Israel, tal como tem feito em relação a outros países, incluindo a Rússia. Essa abordagem contraditória, segundo Noureddine, cria um clima em que Israel se sente incentivado a continuar suas operações militares, respaldado pela inação da ONU e a conivência dos Estados Unidos e da UE.

A situação neste conflito se torna ainda mais complexa quando se observa a recente declaração do Conselho de Segurança da ONU, que, embora tenha condenado os ataques israelenses contra o Catar e reafirmado a soberania deste país, falhou em especificar o autor dos ataques. Tal ambiguidade alimenta a crítica de que a comunidade internacional não está fazendo o suficiente para abordar a questão de maneira eficaz, mesmo diante dos crescentes apelos por desescalada e solidariedade com as nações afetadas.

O desenrolar da crise continua a suscitar debates acalorados sobre os papéis e responsabilidades das potências globais e regionais na busca por uma solução pacífica e duradoura.

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